Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage (Setúbal, 15 de Setembro
de 1765 – Lisboa, 21 de Dezembro de 1805) foi um poeta português
e, possivelmente, o maior representante do arcadismo
lusitano.Embora ícone deste movimento literário, é uma figura inserida num período de transição do estilo clássico para o estilo romântico que terá forte presença na literatura
portuguesa do século XIX
. Era primo em segundo grau do zoólogo
José Vicente Barbosa du Bocage
Auto retrato:
- Magro, de olhos azuis, carão moreno,
- Bem servido de pés, meão na altura,
- Triste de facha, o mesmo de figura,
- Nariz alto no meio e não pequeno;
- Incapaz de assistir num só terreno,
- Mais propenso ao furor do que à ternura;
- Bebendo em níveas mãos, por taça escura,
- De zelos infernais letal veneno;
- Devoto incensador de mil deidades
- (Digo, de moças mil) num só momento,
- E somente no altar amando os frades,
- Eis Bocage, em quem luz algum talento;
- Saíram dele mesmo estas verdades,
- Num dia em que se achou mais pachorrento.
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- — Bocage
Obra Literária :
- Autor
- A Morte de D. Ignez
- A Pavorosa Illusão
- A Virtude Laureada
- Elegia
- Improvisos de Bocage
- Mágoas Amorosas de Elmano
- Queixumes do Pastor Elmano Contra a Falsidade da Pastora Urselina
- Tradutor
- As plantas
- Os jardins ou a arte de aformosear as paisagens
.
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